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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

DIA DE OXÓSSI



Deus da caça, ligado às matas, Odé é também parte dos orixás masculinos cujos princípios também são feitos de ferro. Alegre, jovial, expansivo e irrequieto, tem enorme popularidade na Bahia onde também é conhecido pelo nome de Oxóssi (Òxòósi).
OXOSSI é um orixá que revela a importância da caça entre os povos africanos, com reflexos no culto religioso. Sendo um caçador, lembrando que antigamente na África os caçadores eram os responsáveis pelo sustento e manutenção das aldeias, é o Orixá que garante a fartura, sustento, alimentação e prosperidade ao ser humano. Muitas vezes é chamado de Odé Wawá, ou seja, “Caçador dos Céus”.  Ele é considerado a divindade da fartura, da abundância, da prosperidade. Em seu lado negativo, porém, pode ser também o pai da míngua, da falta de provisão.
Na África teria sido filho de Iemanjá, irmão de Ogun e de Ossâim, com grande importância para a Caça, pois é o protetor dos caçadores; para a Medicina, pois os caçadores passam grande parte de tempo em contato com Ossâim na floresta, divindade das folhas terapêuticas e litúrgicas, e, aprendem com ele parte do seu poder; para Ordem Social, pois em suas caças e expedições, descobre lugar favorável à instalação de uma nova roça ou de um vilarejo, tonando-se assim o primeiro ocupante do lugar e senhor da terra onílè, com autoridade sobre os habitantes que venham a se instalar posteriormente; para Ordem Administrativa e Policial, pois antigamente os caçadores odé, eram os únicos a possuir armas nos vilarejos, servindo também de guardas-noturnos òxó.
Oxóssi, na Umbanda é patrono da linha dos caboclos, uma das mais ativas da religião.
Recebe o título de Rei das Matas, sendo a ele consagrada a cor verde. Já no Candomblé, a cor verde é consagrada a Ossâim por sua proximidade com as folhas, ficando o azul para Oxóssi, um azul pouco mais vivo e claro que o de Ogum, numa transição cromática.
Oxóssi é o caçador por excelência, mas sua busca visa o conhecimento. Logo, é o cientista e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o saber aos espíritos fragilizados tanto nos aspectos da fé quanto do saber religioso.
Oxóssi é a busca, é a procura, é a curiosidade, é o movimento contínuo na evolução dos seres na apresentação de novos conhecimentos, de novos horizontes, etc. Simbolicamente representamos Oxóssi com sete setas, que são as sete buscas contínuas do ser. Oxóssi expande, irradia e impele os seres.
Sites e livros de pesquisa: www.mulhernatural.hpg.ig.com.br,“Código de Umbanda” de Rubens Saraceni,  www.velhosamigos.com.br
O filho de Oxossi
Geralmente Oxóssi é associado às pessoas joviais, rápidas e espertas, tanto mental como fisicamente. Tem, portanto, grande capacidade de concentração e de atenção, aliada à firme determinação de alcançar seus objetivos e paciência para aguardar o momento correto para agir. Buscam preferencialmente trabalhos e funções que possam ser desempenhados de maneira independente, sem ajuda nem participação de muita gente, não gostando do trabalho em equipe. Ao mesmo tempo, é marcado por um forte sentido de dever e uma grande noção de responsabilidade. Afinal, é sobre ele que recai o peso do sustento da tribo.
O filho de Oxóssi apresenta arquetipi­camente as características atribuídas do Orixá. Representa o homem impondo sua marca sobre o mundo selvagem, nele intervindo para sobreviver, mas sem alterá-lo. Oxóssi desconhe­ce a agricultura, não muda o solo para ele plantar, apenas recolhe o que pode ser imediatamente consumido, a caça.
No tipo psicológico a ele identificado forte independência e de extrema capacidade de ruptura, o afastar-se de casa e da aldeia para embrenhar-se na mata, afim de caçar. Seus filhos, portanto são aqueles em que a vida apresenta forte necessidade de independência e de rompimento de laços.
É basicamente reservado, guardando quase que exclusivamente para si seus comentários e sensações, sendo muito discreto quanto ao seu próprio humor e disposição.
Os filhos de Oxóssi, portanto, não gostam de fazer julgamentos sobre os outros, respeitando como sagrado o espaço individual de cada um. Fato Real.
O culto a Oxóssi é bastante difundido no Brasil, mas praticamente esquecido na África. A hipótese do pesquisador francês Pierre Verger, é que Oxóssi foi cultuado basicamente no Keto, onde chegou a receber o título de rei. No entanto, no século XIX o reino de Kêto foi destruído e saqueado pelas tropas do então rei do Daomé. Seus habitantes, adeptos de Oxossi, foram então, escravizados e vendidos para o Brasil e Cuba.
Eis um dos motivos por que o culto de Oxossi é muito propagado entre nós, culto hoje praticamente inexistente na África. Outro motivo seria “o mito do caçador” indentificando-o com os diversos conceitos dos índios brasileiros e um desses conceitos é sobre a mata ser uma região tipicamente povoada por espíritos de mortos, conceitos igualmente arraigados na Umbanda popular e nos Candomblés de Caboclo, um sincretismo entre os ritos africanos e os dos índios brasileiros, comuns no Norte do País.
Curiosidade

Oxossi, em sua atividade venatória, penetra na mata e é Exu quem o ajuda e orienta; é Exu quem lhe abre os caminhos. Esses caminhos, porém, são dificultados pela galharia enredada, espinhos, cipós, imprevistos. Aí ocorre Ogum, de quem Oxossi seria irmão caçula. E Ogum, com sua espada, limpa os caminhos para a penetração do caçador divino. Uma vez dentro da mata, Oxossi está nos domínios de Ossâim, o que reina sobre os vegetais. E Ossâim ensina-o a conhecer as ervas que curam os homens e os animais, bem como as plantas sagradas, que entram na liturgia dos orixás.
SE OS ORIXÁS TRABALHAM EM CONJUNTO, POR QUE VOCÊ NÃO FAZ O MESMO ? REFLITA.

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